deram sinal

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

não dê chiclete ao seu bebê!

Mascar chiclete é uma maravilha né? 


Aaah, sério? Você não acha? 


Eu aposto que se você não for um apreciador das gomas de mascar, provavelmente, conhece alguém que tenha sempre um chicletinho na bolsa pra ter o que mastigar despretensiosamente ou pra dar aquela enganada no estômago ou ainda só pra garantir um hálito agradável com cheirinho de tutti frutti!
A verdade é que, independente do motivo, este hábito atrai até estrelas internacionais não é, gente?!

Mas, espera aí!!! Como falar do amor pelo chiclete sem falar nas crianças? Elas que são frequentemente advertidas e mesmo assim choramigam, brigam, fazem juras e promessas e acabam driblando os pais e conseguindo unzinho

Porque os adultos tentam de tudo: falam que dá bichinho na boca, que se engolir os órgãos vão ficar grudados, que arde, que faz mal pro estômago... e quando nada adianta engabelam as pobrezinhas com balas e argumentam que aquela é o chiclete de criança. 
Me engana que eu gosto!!!!

Quando a minha irmã era menorzinha (amigos dela: SIM, ela já foi menor!) sempre que mascava um chiclete, incrivelmente, ele ia parar nos fios pretinhos do cabelo dela. E era um terror pra desgrudar tudo! Até que um dia descobrimos a maravilha que o gelo faz! E era só passá-lo no local 'atingido' e pronto, saia tudo!! Acontece que quando a gente aprendeu o truque ela também aprendeu a mascar o chiclete sem grudar no cabelo! 

Mas embora tenha sido pouco usado nela, o macete do gelo, eu carrego comigo pra vida! 
Inclusive, eu me acho super demais porque sei como tirar chiclete de qualquer superfície! 

mulher maravilha gif 01

E essas coisas que a gente aprende assim pela vida são ótimas em momentos que a gente menos imagina, né?! Vou te contar o que aconteceu hoje e você vai me dizer se meu conhecimento foi útil ou não!

Não sei por qual motivo,exatamente, algumas mães tem um certo receio de deixar os filhos sozinhos com os pais. 


Não são todas né? Algumas mães confiam nos pais que escolheram pro filhos e liberam a saidinha entre os dois! 

Hoje, pude ver isso no ônibus quando um pai sentou com a filha do meu lado! A cena era bonitinha e ele demonstrava ser um pai bem atento a toda movimentação da filhinha.

A criança estava aprendendo a falar e não parava de pedir 'quiqueti, papai'! E enquanto pôde o pai conseguiu distrair a menina. Quando não deu mais ele tirou um big big do bolso e entregou a ela. Tudo corria normalmente até que o telefone dele tocou e o assunto parecia importante. 


UMA PAUSA

Mulheres, tenho uma pergunta pra vocês! Vai ser fácil e é de marcar x! 

Os homens, quando estão focados em algo, conseguem prestar atenção em mais alguma outra coisa? 

( ) Não!
( ) Nunca!
( ) Óbvio que não. Que pergunta! 
( ) Ai, de verdade? Não né?! 
( ) HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA

POIS BEM!!!!!

Foi só a conversa começar a desenrolar que o pai se distraiu completamente.

Eu não sei precisar quanto tempo durou o intervalo da distração dele pra cena fatídica. Mas, sei que não demorou muito. Digo isto porque até agora estou sem entender legal como os detalhes se formaram. 

Só me lembro de ter visto a garotinha mascando o chiclete eeeee logo em seguida colocando a goma mascadinha no cabelo da moça que estava sentada no banco da frente. Colocou e ainda deu aquela espalhadinha! 


A moça da frente achou que a garotinha tivesse feito um carinho, olhou pra trás, deu um sorrisinho e falou um oi. E, na moral, ela só notou que havia algo estranho porque quando ela virou pra frente de novo o pai falou um PUUUTZZZZ muito alto e desligou o telefone correndo!
Foi aí que ela passou a mão, sentiu o chiclete e entrou em desespero! 

MEU CABELO, MOÇO! VOCÊ TÁ VENDO! É QUASE NA RAIZ! VOU TER QUE RASPAR! AIIII! QUE ÓDIO! PERTO DO NATAL, DO ANO NOVO! MOÇO, QUE ÓDIO!!! 


O moço estava envergonhado e sem saber o que falar. Mas pedia pra ela ficar calma, falar baixo e dizia que "pra tudo tem jeito, menos pra morte". Prometeu que pagaria um tratamento e que tudo iria dar certo ! 

A moça gritava ainda mais e berrava que não havia jeito pra tirar chiclete e que ela iria ficar careca. 


E foi aí que eu, super útil, entrei em ação! 


Baixinho falei pra ela ficar calma e ensinei a passar um gelo no local e com ajuda de alguém ir tirando os pedacinhos de chiclete que ficarem. Falei que era garantido, que dava super certo e que ela não precisaria cortar. 

Aos berros ela me perguntou

_ Alguém já grudou chiclete no seu cabelo. 

Eu respondi baixo

_ No caso, não. 

Ela então disparou sem dó

_ Então fica na sua aí porque o chiclete tá grudado é no meu cabelo tá?


Aham! Tá bom! Já parei já! 


Com essa eu aprendi: 

1. tem diquinhas que a gente não pode revelar!
2. não sentar próximo a bebê+papai!
3. não falar com estranhos! 
4. não deixar meu cabelo muito perto de crianças nos ônibus! 
5. nem todo mundo tá preparado para o convívio rápido com uma mulher que tenha o conhecimento do macete do gelo!


quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

não conheço nenhuma Zélia

Já falei aqui que é meio constrangedor pedir a ajuda de alguns cobradores quando estamos indo à um lugar que não sabemos onde saltar.

Acho que por trauma disso, talvez, algumas pessoas preferem perguntar a um passageiro d.e.s.c.o.n.h.e.c.i.d.o qual o ponto mais perto da padaria que fica depois da antiga quadra poliesportiva do bairro, onde, hoje, é aquele supermercado que tem promoção de carne toda quarta-feira.  


Eu por já ter ficado levemente perdida algumas vezes sou uma passageira desconhecida bem legal e sempre que vejo alguém pedindo informação, de um lugar que sei onde fica, pra uma pessoa meio desinformada, tento fazer a pessoa ver que eu tô prestando atenção na conversa e assim que ela me olha, aceno delicadamente e dou a informação. 


Maaaaas, quando não sei onde é o lugar prefiro não dar pitaco porque muito ajuda quem pouco atrapalha! 

Acontece que um dia desses estava em um ônibus e uma senhora se aproximou de mim. Falou boa noite e sorriu. Eu sorri de volta! 

E parece que ela achou que a gente já era muito íntima depois do sorriso e do boa noite, porque logo em seguida começou um diálogo mais ou menos assim: 

_ Quando chegar no ponto mais perto da casa da Zélia você me avisa? 

 

_ Casa de quem, moça? 

_ Da Zélia ué! 

_ Eu não conheço a Zélia, moça! A senhora tem algum ponto de referência? 

_ Ponto de que? 

_ Ponto de referência. Sabe? (Ela meneou a cabeça e eu prossegui) A casa da Zélia fica perto de que? A senhora lembra? 

_ Eu nunca fui na casa dela não. Ela me falou que todo mundo conhecia ela e que era só perguntar pra alguém no ônibus. 


_ Huuum! Entendi.  Então acho que é melhor a senhora perguntar pra outra pessoa aqui do ônibus. Porque eu não moro lá. Tô só indo em uma igreja. 

_ Igreja? Então, menina, a Zélia também é da Igreja. Você lembra agora quem é a Zélia?


_ Não, moça. Não é que eu não lembro... Simplesmente, eu não conheço a Zélia. E Itaquari tem mais de uma igreja, ela deve ser de alguma outra.

_ Ah, não sei! Tem certeza que não é da sua?  

_ Rs... Tenho! E, olha, eu vou saltar no próximo ponto. Talvez seja melhor a senhora perguntar pra outra pessoa. Tá? 

Levantei, dei um tchauzinho e antes que a porta do ônibus se fechasse tive tempo de escutar a resposta dela! 

_ Tchau! Ai, ai. Vou perguntar pra outra pessoa mesmo! Garota cheia de má vontade! Eu hein!!